A vitória do Palmeiras sobre o Corinthians por 2 a 0, no último sábado, na Arena Barueri, foi marcada por episódios extracampo que podem resultar em punições disciplinares. Durante a partida, diversos objetos foram arremessados pela torcida palmeirense em direção ao gramado, incluindo duas cabeças de galinha, uma pipa com provocação ao Mundial do clube, um copo e um chinelo.
De acordo com a súmula assinada pelo árbitro Rafael Rodrigo Klein (Fifa/RS), os arremessos ocorreram ao longo do segundo tempo. A presença desses itens no documento oficial do jogo deve levar o caso ao julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O clube alviverde já iniciou o processo de identificação dos responsáveis, na tentativa de evitar punições mais severas. A expectativa é de que a penalização seja semelhante à aplicada ao Corinthians em 2023, quando o clube foi multado em R$ 60 mil após o arremesso de uma cabeça de porco em clássico na Neo Química Arena.
Palmeiras pode ser punido
Outro ponto que gerou repercussão foram os cânticos homofóbicos entoados por torcedores palmeirenses, direcionados especialmente ao atacante Romero. Um dos gritos proferidos foi: “Romero, v….”. Apesar da clara manifestação, o episódio não foi incluído na súmula da arbitragem. Ainda assim, o STJD pode analisar o caso caso haja denúncia formal ou apresentação de notícia de infração.
O artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê multa ou até perda de pontos nos casos em que os responsáveis pelos atos não forem identificados. O artigo 27 do regulamento geral de competições da CBF também orienta a paralisação de jogos em caso de manifestações discriminatórias.
Na zona mista, Romero cobrou coerência nas punições. “Quero ver se agora punem também ou se há alguma preferência”, afirmou, relembrando episódio de 2023, quando o Corinthians teve uma partida com portões fechados após cânticos homofóbicos contra o São Paulo, registrados na súmula.