O ex-campeão dos pesos-pesados do UFC, Cain Velasquez, foi condenado a cinco anos de prisão por tentativa de homicídio. A pena será cumprida inicialmente na Wasco State Prison, na Califórnia, onde ele passará por uma série de avaliações físicas e psicológicas. O resultado dessas análises definirá seu nível de risco à sociedade e, com base nisso, será decidido se Velasquez será transferido para San Quentin ou Folsom, duas unidades prisionais com perfis distintos.
Velasquez já havia ficado preso por oito meses antes do julgamento, o que resultará em redução do tempo a ser cumprido em regime fechado. A previsão é que ele tenha direito à liberdade condicional em março de 2026, com uso de tornozeleira eletrônica. A liberação antecipada poderá ocorrer caso apresente bom comportamento e participe de programas socioeducativos.
San Quentin, uma das opções de transferência, é a prisão mais antiga da Califórnia, fundada em 1852. A unidade é conhecida por seu regime de segurança rigoroso e por abrigar o corredor da morte, embora as execuções tenham sido suspensas em 2006.
Cain Velasquez é transferido para presídio estadual
O caso que levou à condenação aconteceu em 2022. Velasquez perseguiu Harry Goularte, acusado de abusar sexualmente de seu filho de quatro anos. Durante a perseguição de cerca de 20 quilômetros, Velasquez atirou contra o veículo onde estavam Goularte e o padrasto, que acabou atingido e sofreu ferimentos leves. Velasquez foi preso após o incidente e posteriormente liberado sob fiança até o julgamento.
A repercussão no meio esportivo foi significativa. O presidente do UFC, Dana White, e o ex-lutador Daniel Cormier manifestaram apoio a Velasquez.
O julgamento civil de Harry Goularte está marcado para 19 de maio de 2025. Também serão julgados sua mãe, Patricia Goularte, e seu padrasto, Paul Bender, por omissão e cumplicidade. O processo busca sanções administrativas e financeiras contra a creche da família. Já o julgamento criminal de Goularte ainda não tem data definida. Se condenado, poderá receber pena de até oito anos de prisão e multa de US$ 10 mil.
