Dono de uma das melhores gestões esportivas do futebol brasileiro, o Fortaleza divulgou recentemente ainda estar pagando por uma contratação feita no início de 2023. Trata-se da negociação envolvendo o atacante argentino Juan Martín Lucero, que estava no Colo Colo, do Chile. Isso, porque o Leão do Pici precisou fazer um acordo com os chilenos, para evitar punição na Fifa.
Mesmo com vínculo válido até 2025 com El Cacique, o artilheiro optou por não se reapresentar ao clube em virtude de sua negociação avançada com o tricolor cearense. Contudo, os dois clubes divergiam sobre a multa rescisória presente no contrato do jogador. Enquanto o estafe do atleta entendia uma coisa, o presidente Alfredo Stöhwing, do Colo Colo, afirmava outra à imprensa.
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No entendimento dos empresários de Lucero, e também do Fortaleza, o contrato sinalizava uma multa em caso de quebra de vínculo, válida a partir de 2024, no valor de 1 milhão de dólares (pouco mais de R$ 5,3 milhões, na cotação da época). Com isso, após o pagamento deste valor, o jogador ficaria livre no mercado para negociar com qualquer outra equipe.
Porém, para o Colo Colo, aquilo não era uma multa e não liberava uma eventual saída. Para isso, inclusive, seria necessário uma quantia diferente, em outro tipo de negociação. Mesmo assim, com o aval técnico de jurídico, o Fortaleza deu sequência a contratação e anunciou – de forma oficial – a chegada do artilheiro argentino ainda em janeiro de 2023.
O clube chileno, por sua vez, denunciou a transação à Fifa, que foi encerrada nesta semana, com o pagamento de nada menos que R$ 10 milhões por parte do Leão – após acordo com o Colo Colo para o término do chamado ‘caso Lucero’. “A decisão foi fazer esse acordo com o Colo Colo, encerrar esse capítulo, ficar com Lucero e tocar o barco”, explicou Bruno Cals, membro do Conselho de Administração da SAF do Fortaleza.