A última terça-feira (18) foi tomada por uma intensa discussão nas redes sociais, promovida por jogadores de renome, em torno dos gramados do futebol brasileiro. Liderados por nomes como Neymar, Lucas e companhia, alguns atletas publicaram uma espécie de ‘manifesto’ contra a utilização da grama sintética no país. Por outro lado, clubes como Palmeiras e Botafogo se defenderam, utilizando alguns estudos e a chancela da FIFA.
Em meio a tudo isso, o Fortaleza foi cobrado pela Conmebol por conta do estado do gramado do estádio Castelão, que foi visto cheio de buracos, o que vai contra os padrões exigidos pela entidade sul-americana. Vale lembrar que o Leão estreará na fase de grupos da Libertadores desta temporada, e pode acabar sendo punido por conta do mau estado do gramado natural de sua casa.
Discussão sobre gramados do Brasil é necessária, mas deveria ir além do clubismo
A luta por um gramado em boas condições para a realização de uma partida de futebol é totalmente válido e deveria partir justamente dos jogadores – sujeitos a lesões de diversos tipos com os ‘tapetes’ de diversos tipos encontrados pelo futebol nacional. Isso, contudo, acabou ganhando contornos clubistas ao ter sua crítica, em maior parte, direcionada aos gramados sintéticos.
A briga, em si, deveria ser por uma melhor padronização dos gramados em geral. Isso, porque os que são utilizados por Palmeiras, Botafogo e Athletico Paranaense são chancelados e aprovados pela entidade máxima do futebol, e apresentam melhores condições que muitos ‘naturais’ espalhados pelo país. Como é o caso do Castelão, que chocou a todos que assistiram ao duelo contra o Boca Juniors, disputado ainda em 2024.
Na ocasião, nouve um prazo de 20 dias para o Fortaleza corrigir o problema ou indicar um novo palco. O Fortaleza seguiu jogando no Castelão, mas o campo público do Estado do Ceará seguiu sem condições ideais.