A investigação envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, avançou para uma nova etapa. O jogador foi indiciado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Distrito Federal por fraude esportiva e estelionato, no contexto da Operação Penalidade Máxima, que apura um esquema de manipulação de resultados para beneficiar grupos de apostas esportivas.
Bruno Henrique é investigado com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que prevê pena de dois a seis anos de prisão, além de responder por estelionato, cuja pena pode variar de um a cinco anos. Até o momento, ele não foi denunciado formalmente, mas, se isso ocorrer, o processo seguirá na Justiça Comum. No âmbito esportivo, o STJD ainda não abriu inquérito, mas poderá fazê-lo assim que receber e analisar o relatório da Polícia Federal. As sanções possíveis variam entre suspensão de até dois anos e banimento do futebol.
Desde 2022, a Operação Penalidade Máxima já identificou mais de 300 alertas de movimentações suspeitas em apostas: 150 em 2022, 120 em 2023 e 57 até abril de 2024. Apesar disso, apenas pouco mais de 30 jogadores foram condenados pelo STJD. As limitações nas investigações desportivas, como a ausência de ferramentas legais para quebra de sigilo ou colaborações premiadas, têm sido um obstáculo recorrente.
Bruno Henrique, do Flamengo, pode ser banido?
A operação já resultou em banimentos de atletas como Diego Porfírio, Gabriel Tota e Ygor Catatau. Outros nomes, como Alef Manga e Eduardo Bauermann, cumpriram longas suspensões e já retornaram aos gramados. Há ainda casos de atletas que receberam apenas multas, como Nathan, do Grêmio, e jogadores que foram absolvidos após investigação.
O caso de Bruno Henrique segue em aberto e poderá ganhar novos desdobramentos nas próximas semanas, a depender do avanço da investigação e da possível atuação do STJD com base no material reunido pela Polícia Federal.