A declaração ‘sem noção’ do presidente da Conmebol, fazendo uma analogia ao filme/desenho Tarzan para falar sobre uma possível ausência dos brasileiros na Libertadores, não pegou mal apenas entre os clubes, mas também com a CBF. Bastante irritado, Ednaldo Rodrigues sequer mandou representante ao evento da entidade Sul-Americana e ainda pediu respaldo da FIFA no combate ao racismo.
A ausência do mandatário da Confederação Brasileira de Futebol, no sorteio da fase de grupos dos torneios continentais, foi planejada. E isso já havia sido decidido antes mesmo de tal declaração por parte de Alejandro Domínguez, em reação a punição branda aplicada pela Conmebol ao Cerro Porteño, em mais um caso de racismo nas competições pelo continente – no caso, na Libertadores Sub-20.
Ednaldo Rodrigues cita que ‘protocolo antirracismo’ da FIFA foi ignorado na Conmebol
Em resposta, Ednaldo cobrou uma punição esportiva mais severa da Conmebol em relação ao clube paraguaio. O presidente da CBF, inclusive, emitiu uma nota em que se diz ‘chocado com as cenas’, pedindo ‘punições enérgicas’. O mandatário da entidade nacional ainda enviou um ofício à FIFA, considerando que o protocolo para casos de racismo foi ignorado.
De acordo com a reportagem feita pelo jornalista Raphael Zarko, do portal ‘Globo Esporte’, o protocolo prevê três ações primordiais em caso de racismo: primeiro, o árbitro deve parar e pedir um anúncio (via sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista. Depois, caso isso persista, poderá haver a suspensão temporária da partida. Por fim, se mesmo assim o racismo continuar, o árbitro pode encerrar o duelo, com a derrota do time associado aos atos.
Vale lembrar que o Cerro Porteño foi multado em apenas 50 mil dólares e jogou de portões fechados na competição sub-20. Desde então, Ednaldo mantém contato com Alejandro Domínguez, lamentando que a Conmebol não tenha punido o clube paraguaio de forma exemplar. Ele, inclusive, ainda espera uma resposta da FIFA sobre isso.