Com direito a dose extra de emoção, com gol nos acréscimos do derradeiro duelo, em pleno estádio do Barradão, o Bahia se isolou ainda mais como o maior campeão do Campeonato Baiano. Para efeito de comparação, como o próprio tricolor brincou nas redes sociais, caso o clube pare de disputar o estadual por duas décadas, ele ainda permaneceria como o detentor do maior número de títulos.
Isso, porque enquanto o Bahia acabou de conquistar sua taça de número 51, o Vitória, seu principal rival, estacionou nos 30. A diferença de conquistas, inclusive, ficou maior entre a dupla Ba-Vi do que entre o rubro-negro e o terceiro colorado neste ranking, o Ypiranga, que tem dez títulos oficiais. Com o título, o Esquadrão de Aço também manteve um tabu no Baianão.
Em clássico marcado por muita confusão, Bahia segue dominante no estado
Desde quando o sistema de ida e volta foi implementado nas finais do Campeonato Baiano, nunca o vencedor do primeiro duelo perdeu o título. Agora, isso não foi diferente, já que o Bahia largou em vantagem, dentro de casa, vencendo por 2 a 0 – com gols de Gabriel Xavier e Pulga, e depois sacramentou a conquista ao empatar por 1 a 0 longe de seus domínios.
A partida do Barradão, inclusive, foi marcada por muita confusão e violência, tanto entre jogadores quanto com membros da comissão técnica do Vitória – o técnico Thiago Carpini se envolveu em alguns embates com jogadores do Bahia, por ter se incomodado com as provocações dos rivais, logo após o título, e por isso, protagonizou um bate-boca onde se mostrou bastante exaltado.
A conquista do último domingo (23), aliás, foi a primeira do técnico Rogério Ceni no Bahia. O treinador, que completou 100 jogos pelo clube baiano na última quarta-feira, encerrou um jejum de quase quatro anos sem levantar taças. A última vez que R10 havia sido campeão foi em 2021, também em um estadual, mas no Carioca, com o Flamengo.