Durante a transmissão da partida entre LDU e Flamengo pela Libertadores, uma imagem exibida chamou a atenção do jornalista André Rizek. No camarote do estádio, estavam Sebastián Beccacece, técnico da seleção do Equador, e o jogador Gonzalo Plata, que se recupera de lesão. Ambos acompanhavam o jogo com foco no próximo confronto das Eliminatórias, que será contra a Seleção Brasileira.
A presença do treinador adversário em um jogo de clube brasileiro gerou indignação por parte de Rizek. “Foi por causa dessa imagem de ontem, que me deixou bolado, que eu vou dar uma opinião — porque informação sobre isso eu não tenho, eu nem ninguém tem. Eu vou opinar que o Brasil já deve ter contratado um treinador”, disse o jornalista.
Segundo ele, a postura do técnico do Equador expõe a falta de direção do Brasil. “O Equador tem técnico, tem mais time, tem cinco pontos somados a mais do que a gente. E lá estava o técnico deles, observando o futebol, que é o que o treinador de seleção tem que fazer no seu dia a dia.”
Desde a demissão de Dorival Júnior no dia 1º de abril, a CBF não anunciou oficialmente um substituto. Rizek não acredita que o cargo esteja realmente vago. “Não é possível que a gente esteja esse tempo todo sem ninguém, sem ninguém fazendo o que o Beccacece e todos os outros treinadores de seleção estão fazendo: conversar com jogador, observar as partidas.”
Rizek crítica ao planejamento da CBF
A fala de Rizek também se voltou ao planejamento da entidade (CBF). Segundo ele, a espera por treinadores como Carlo Ancelotti, Jorge Jesus, Abel Ferreira ou José Mourinho compromete o andamento do trabalho. “Se a gente ficar esperando, esperando, esperando, o tempo passa. E a gente fica no meio do caminho”, afirmou o comentarista.
Na tabela das Eliminatórias, o Equador ocupa a segunda colocação com 23 pontos, enquanto o Brasil está em quarto, com 21. Na última rodada, a Seleção Brasileira foi derrotada por 4 a 1 pela Argentina.
Mesmo sendo favorável à contratação de um técnico do porte de Ancelotti, Rizek concluiu: “Eu sou um defensor de que vale todo o esforço do mundo pra ter alguém como o italiano Carlo Ancelotti dirigindo a Seleção. (…) Só que quando a gente olha e vê que o Brasil não tem nada hoje — não tem ponto, só tem um punhado de bons jogadores, não tem time, está com pouca perspectiva. Diante desse cenário, o tempo é o nosso maior inimigo.”