Seis jornalistas da ESPN foram suspensos temporariamente na terça-feira (8) após a exibição da edição do programa Linha de Passe, na noite anterior, segunda-feira (7). O episódio abordou as denúncias envolvendo a gestão de Ednaldo Rodrigues à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), reveladas pela revista Piauí.
De acordo com o portal UOL, o teor crítico do debate não foi comunicado previamente à direção da emissora, o que teria causado incômodo interno. Ainda segundo a apuração, a direção da CBF procurou a cúpula da ESPN para discutir o conteúdo exibido.
A suspensão, de caráter temporário, foi definida para durar dois dias. A previsão é de que os profissionais sejam reintegrados à programação da emissora já nesta quinta-feira (10).
Quem são os seis jornalistas da ESPN afastados
Foram afastados os seguintes jornalistas: Dimas Coppede, editor-chefe da ESPN Brasil há quase 14 anos; Gian Oddi, comentarista desde 2009, com cobertura de cinco Copas do Mundo e cinco Olimpíadas; Paulo Calçade, que atua na emissora desde 2005 e já foi professor-convidado na USP; Pedro Ivo Almeida, comentarista desde 2019, com passagem pelo UOL como editor; Victor Birner, com histórico em rádios e veículos como Lance! e TV Cultura; e William Tavares, narrador e apresentador da ESPN desde 2011.
Em declaração pública, Gian Oddi afirmou que retorna ao Linha de Passe com a convicção de que a liberdade de opinião continuará sendo respeitada pela emissora.
A edição do programa na terça-feira (8), realizada após a polêmica, contou com novo elenco formado por André Plihal, André Kfouri, Breiller Pires, Eugênio Leal e Leonardo Bertozzi. A emissora também promoveu mudanças na escala de transmissões dos jogos ao longo da programação.