Fundado em 4 de abril de 1909, o Sport Club Internacional surgiu como alternativa para que pessoas não-germânicas pudessem praticar futebol em Porto Alegre. O clube já teve três donos: os irmãos José Eduardo Poppe, Henrique Poppe Leão e Luiz Madeira Poppe, responsáveis por sua criação. O nome escolhido homenageia o clube paulista Internacional, demonstrando desde o início uma proposta de abertura a todas as origens. Ao longo de sua história, o Internacional nunca chegou a se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), pois o modelo foi criado apenas em 6 de agosto de 2021, por meio da Lei nº 14.193.
A trajetória esportiva do clube teve início com conquistas locais, sendo o primeiro título o Campeonato Metropolitano de Porto Alegre, em 1913. Desde então, o Internacional acumulou troféus importantes no cenário nacional e internacional. A equipe conquistou um Mundial de Clubes, duas Copas Libertadores da América, uma Recopa Sul-Americana, uma Copa Sul-Americana e três Campeonatos Brasileiros, estes últimos vencidos na década de 1970, em um período marcado pela presença de Falcão no elenco.
O Estádio Beira-Rio, oficialmente denominado Estádio José Pinheiro Borda, foi inaugurado em 6 de abril de 1969. Localizado às margens do Rio Guaíba, conta com capacidade para 56 mil torcedores. Em 1972, registrou seu maior público, com 106.554 pessoas assistindo ao empate entre a Seleção Brasileira e a seleção gaúcha. O estádio foi escolhido como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. A Seleção Brasileira atuou dez vezes no local, com sete vitórias, dois empates e uma derrota, diante da Argentina, em 1970.
Presidente Barcellos já falou sobre o Inter virar SAF
O presidente Alessandro Barcellos afirmou, em entrevista, que não descarta a possibilidade de transformar o Internacional em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). No entanto, defende que o clube mantenha o controle majoritário. Para ele, o cenário atual do futebol exige atenção e abertura ao debate:
“Estamos vendo esse novo momento. Um descolamento grande de outros clubes. Isso tem que acender uma luz amarela em todos nós para que não haja um desequilíbrio. A gente precisa olhar para isso com o olhar de quem faz mudança”, disse.
Ele ainda completou: “Os clubes associativos têm uma governança mais política e dá menos agilidade para tomada de decisão e isso precisa ser discutido. Como vamos buscar, seja em qualquer modelo, solução para que essa desigualdade diminua. Se não fizermos, se abre um abismo entre alguns clubes e os demais”.