O retorno de Kimi Raikkonen à Fórmula 1 em 2012, após um período afastado da categoria, teve consequências importantes para a equipe Lotus, tanto em termos esportivos quanto financeiros. Naquele ano, o piloto finlandês somou 207 pontos no Campeonato Mundial e terminou a temporada na terceira posição geral. O desempenho superou diversas projeções iniciais e recolocou a equipe em destaque no cenário competitivo da Fórmula 1.
O contrato firmado entre Raikkonen e a Lotus previa um bônus de 50 mil euros por cada ponto conquistado durante a temporada. Com o acúmulo de 207 pontos, o montante total devido ao piloto chegou à casa dos 19 milhões de euros. A quantia comprometeu o equilíbrio financeiro da equipe, que passou a enfrentar dificuldades para honrar seus compromissos.
Como Kimi Raikkonen evitou as demissões na Lotus?
Diante da possibilidade de colapso financeiro e demissões em massa, Raikkonen optou por um acordo que permitisse a continuidade da operação da equipe. O piloto aceitou receber apenas 60% do valor estabelecido contratualmente. A medida contribuiu para que a Lotus mantivesse suas atividades sem comprometer o funcionamento interno ou afetar diretamente os postos de trabalho de seus profissionais.
A decisão teve repercussão dentro e fora das pistas e passou a ser vista como um exemplo de alinhamento entre atleta e equipe em momentos de dificuldade. Raikkonen, que continuou na Fórmula 1 até 2021, com passagens posteriores por Ferrari e Alfa Romeo, encerrou sua carreira sendo lembrado por sua atuação técnica e pela forma como conduziu episódios que exigiram equilíbrio e decisão.