No futebol, como um todo, é mais do que normal um jogador que ‘não deu certo’ em algum clube – por inúmeros motivos – brilhar com a camisa de outro, até mesmo por um time rival, e exemplos não faltam. Agora, também é bem comum dirigentes se arrependerem de alguns negócios feitos ‘no calor do momento’, como o que Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, fez há duas temporadas.
Na ocasião, o clube cearense optou por negociar o atacante Júnior Santos por apenas 200 mil dólares (R$ 1 milhão, na cotação da época), justamente ao Botafogo – clube por onde o jogador brilharia um ano depois, conquistando a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro. Meses depois, o então camisa 37 do Glorioso seria negociado por 8 milhões de dólares (R$ 48 milhões).
Marcelo Paz relembra passagem de Júnior Santos pelo Leão: ‘era vaiado no aquecimento’
“Às vezes, o tempo do torcedor é diferente do nosso (diretoria). ‘Tira fulano’, ‘Demite fulano’. Aí o ‘fulano’ vai lá e resolve. Júnior Santos? Pense no arrependimento que eu tenho de ter liberado o Júnior Santos. Ô arrependimento grande! Não queria que ele saísse. De jeito nenhum”, afirmou Marcelo Paz, em entrevista coletiva concedida na noite da última terça-feira (04).
Agora campeão da Libertadores com a camisa do Botafogo, e contratado ‘a peso de ouro’ pelo Atlético-MG – sendo a contratação mais cara da história do Galo -, Júnior Santos não encantou a torcida em suas duas passagens pelo Fortaleza. Em 2019, ele atuou emprestado pelo Ituano, marcando 10 vezes em 27 partidas. Depois, em 2023, foi apenas um passe para gol em oito jogos.
“O cara era vaiado no aquecimento. E está aí, vendido por oito milhões, finalista e campeão da Libertadores, fazendo gol, artilheiro da competição. E a gente naquele momento se precipitou, tomou a decisão errada, vendeu barato. Então, quando um atleta erra um lance, ele pode comprometer uma partida. Quando o dirigente erra um movimento, ele pode comprometer um orçamento pesadíssimo”, acrescentou o CEO do Fortaleza.